Ministro da Educação, Fernando Hadda, vai ao Congresso se explicar após ameaça de bancadas evangélica, católica e de defesa da família.
Pressionado pelas bancadas evangélica, católica e de defesa da família do Congresso, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse ontem que poderá alterar o conteúdo do chamado kit anti-homofobia, programado para ser entregue a professores do ensino médio de todo o país.
A versão preliminar do material, que segundo o governo só será apresentado a alunos após a avaliação de cada escola, já recebeu aval da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Estudantes que estão no ensino médio costumam ter, no mínimo, 14 anos de idade.
Haddad, que é o nome preferido do ex-presidente Lula para disputar a Prefeitura de São Paulo no ano que vem, diz agora que pretende discutir o conteúdo com religiosos, além de secretários estaduais e municipais de Educação.
O kit contém três vídeos sobre transexualidade, bissexualidade e homossexualidade. Mesmo sem ter havido uma divulgação oficial, muitos deles já estão na internet.
Nas últimas semanas, além dos vídeos, circulou entre parlamentares uma cartilha anti-homofobia que o MEC não admite ser de sua autoria.
"Vários dos materiais que foram distribuídos aqui não são do ministério", disse Haddad na reunião de ontem com parlamentares.
Uma cartilha com o símbolo do MEC mostrada por deputados trata de temas como masturbação. Outra, com o símbolo do Ministério da Saúde, traz ilustrações com cenas de sexo entre homens.
O ministro foi se explicar após as bancadas religiosas ameaçarem "não votar nenhuma matéria" caso o kit não fosse "recolhido".
Haddad disse que o MEC sequer distribuiu o material. Ele não quis apontar responsáveis pelo vazamento. Aos deputados, o ministro atribuiu a divulgação do kit, que segundo ele ainda não está pronto, a quem o produziu.
Segundo o MEC, a ONG Pathfinder foi contratada há três anos pelo governo para desenvolver o material. A Folha não achou ninguém no escritório da organização até o fechamento desta edição.
"O problema do vídeo que está no YouTube é que o material está sendo produzido há mais de um ano. Teve muitas idas e vindas. O MEC recomenda alterações. Ele só se torna oficial quando é aprovado pela comissão de publicação", disse Haddad.
Integrante da bancada evangélica, o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) diz que o kit incentiva a homossexualidade. "Dinheiro público deve ser usado no combate à homofobia, não para estimular opção sexual."
Fonte: Folha de São Paulo
Pressionado pelas bancadas evangélica, católica e de defesa da família do Congresso, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse ontem que poderá alterar o conteúdo do chamado kit anti-homofobia, programado para ser entregue a professores do ensino médio de todo o país.
A versão preliminar do material, que segundo o governo só será apresentado a alunos após a avaliação de cada escola, já recebeu aval da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Estudantes que estão no ensino médio costumam ter, no mínimo, 14 anos de idade.
Haddad, que é o nome preferido do ex-presidente Lula para disputar a Prefeitura de São Paulo no ano que vem, diz agora que pretende discutir o conteúdo com religiosos, além de secretários estaduais e municipais de Educação.
O kit contém três vídeos sobre transexualidade, bissexualidade e homossexualidade. Mesmo sem ter havido uma divulgação oficial, muitos deles já estão na internet.
Nas últimas semanas, além dos vídeos, circulou entre parlamentares uma cartilha anti-homofobia que o MEC não admite ser de sua autoria.
"Vários dos materiais que foram distribuídos aqui não são do ministério", disse Haddad na reunião de ontem com parlamentares.
Uma cartilha com o símbolo do MEC mostrada por deputados trata de temas como masturbação. Outra, com o símbolo do Ministério da Saúde, traz ilustrações com cenas de sexo entre homens.
O ministro foi se explicar após as bancadas religiosas ameaçarem "não votar nenhuma matéria" caso o kit não fosse "recolhido".
Haddad disse que o MEC sequer distribuiu o material. Ele não quis apontar responsáveis pelo vazamento. Aos deputados, o ministro atribuiu a divulgação do kit, que segundo ele ainda não está pronto, a quem o produziu.
Segundo o MEC, a ONG Pathfinder foi contratada há três anos pelo governo para desenvolver o material. A Folha não achou ninguém no escritório da organização até o fechamento desta edição.
"O problema do vídeo que está no YouTube é que o material está sendo produzido há mais de um ano. Teve muitas idas e vindas. O MEC recomenda alterações. Ele só se torna oficial quando é aprovado pela comissão de publicação", disse Haddad.
Integrante da bancada evangélica, o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) diz que o kit incentiva a homossexualidade. "Dinheiro público deve ser usado no combate à homofobia, não para estimular opção sexual."
Fonte: Folha de São Paulo
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