Quem é Jesus Cristo?


Se alguém lhe perguntasse: Você sabe quem é Jesus Cristo? Você certamente responderia que sim. Que Jesus Cristo foi um homem que se dizia Filho de Deus e por isso foi condenado e morreu crucificado. Você sabe que ele nasceu numa manjedoura, que era filho de Maria e José, foi muito pobre, era carpinteiro, e ressuscitou após três dias da sua morte.



Mas, que diferença faz na sua vida o fato dele ter vindo ao mundo, morrido crucificado e ter ressuscitado?

As palavras de Jesus Cristo, as coisas que ele ensinou, enquanto exerceu o seu ministério de apenas três anos (dos 30 aos 33 anos de idade) são tidas pela humanidade como preciosidades da literatura, da filosofia, e de muitas outras coisas que, no final das contas, em nada alteram a forma de viver do homem.

Mas a sua vida mudou porque você um dia soube dessa história bonita e comovente da vida e da morte de Cristo? Será que se ele não tivesse existido, mudaria alguma coisa no fato de você estar sentado neste momento em frente ao computador, navegando pela internet? Aquilo que você é, que você sabe, que você pensa, que você deseja, e até mesmo que você sente, seria diferente se ele não existisse?

Se a existência dele não faz diferença no seu dia-a-dia, você nunca o conheceu.

Por mais que ouçamos falar de alguém, por mais que nos descrevam como é esse alguém fisicamente, que nos relatem suas atitudes, seus valores, não podemos dizer que conhecemos alguém de quem só ouvimos falar. O convite que te fizemos na introdução desta página é para que você conheça Deus. Jesus, apesar de ser o caminho mais "badalado" para que se conheça Deus, talvez seja o menos experimentado. Queremos apenas lhe ajudar a experimentar como, através dele, pode ser mais fácil do que tudo que você tem tentado até hoje. Antes disso é preciso que você conheça um pouco da vida de Jesus.

O sofrimento de Jesus não se iniciou momentos antes da crucificação, como nós muitas vezes pensamos. Numa visão profética de Jesus, Isaías, que viveu uns seiscentos anos antes de Cristo, conheceu as constantes aflições pelas quais ele passaria, tendo assim profetizado:

"Ele foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca. Não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais indigno entre os homens, homem de dores, e experimentado no sofrimento. Como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; contudo, nós o consideramos como aflito, ferido de Deus, e oprimido.

Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.

Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a sua boca; como cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca. Pela opressão e pelo juízo foi tirado. E quem pode falar da sua linhagem? Pois foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo foi ele atingido." (Is 53:2-8)

Durante toda a sua vida, Jesus sofreu dores, enfermidades, tentações, desprezo, enfim, todo tipo de sofrimento que o ser humano pode enfrentar.

Mas por que será que isso aconteceu? Jesus não era filho de Deus? Por que teve que passar por tudo isso?

Tamanho sofrimento não foi simplesmente para ser reconhecido como um grande filósofo, um grande líder religioso, um grande profeta, ou qualquer outro dos muitos títulos que sempre lhe conferiram. Não foi apenas para que tivéssemos uma história bonita para contar aos nossos filhos, para ensiná-los a serem bonzinhos, ou para que tivéssemos um grande exemplo de amor.

Durante a História, vemos muitos mártires e heróis que morreram pelas causas que defendiam ou por amor a alguém. Muitos já disseram muitas coisas tão bonitas quanto profundas. A justiça, o caráter, a dignidade, a verdade, a humildade e a necessidade de cultivarmos tais sensos em nossas vidas, já eram conhecidos antes de Jesus. Ele não veio ser mais um filósofo, mais um exemplo de vida, mais um ensinador de boas doutrinas. Ele veio trazer algo maior que o homem ainda não havia conseguido com seus próprios esforços. Ele veio trazer SALVAÇÃO!

Como entender isso? De que nós precisamos ser salvos, afinal? Para se chegar a uma resposta é preciso entender quem é Jesus.

Ao contrário do que se costuma pensar, Jesus não passou a existir com o seu nascimento em Belém. Parece estranho, não é? Como alguém pode existir antes de nascer? É que Jesus apenas veio ao mundo, ele não era deste mundo, como ele mesmo disse. Jesus é Deus-Filho e estava com o Pai desde antes da criação do mundo. Isso mesmo. Ele estava presente na criação do mundo. João entendeu isso e escreveu:

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez." (Jo 1:1-3)

"...e o Verbo se fez carne, e habitou entre nós. Vimos sua glória, a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e verdade." (Jo 1:14)

Observe que "princípio" é a primeira palavra da Bíblia. Foi quando Deus fez a sua obra criadora ("No princípio criou Deus os céus e a terra." Gn 1:1). E Jesus estava no princípio com Deus. Mais do que isso, ele era o próprio Deus, na qualidade de seu Filho. Ele é o criador de tudo o que se fez. Mas ele veio à Terra, parte de sua criação, e veio na forma de criatura.

Dizíamos que Jesus não veio à Terra ser mais um herói ou mais um mártir da humanidade. O que diferencia Jesus de todos os outros é que ele não apenas morreu por nós. Ele também ressuscitou, provando que a morte não prevalece sobre ele. Provando que ele realmente é Deus-Filho. Ao ressuscitar, deu a garantia a todos quantos queiram conhecê-lo e por ele viver, que ele pode salvar da morte.

Então Jesus veio salvar da morte. Que morte? Não estamos vivos? É certo que não sabemos o que vai acontecer conosco no minuto seguinte ao que vivemos, mas que salvação é essa que ninguém alcançou? Ninguém venceu a morte até hoje, mesmo depois da vinda de Jesus e da sua ressurreição, a não ser ele mesmo. Ele ainda não salvou ninguém?

É preciso que você se lembre que estamos falando de coisas espirituais e a morte física não está inserida nesse contexto espiritual. Da morte física, não podemos escapar. Toda a criação tem um fim, e nós também. Mas o mais importante é que além de termos um corpo, temos um espírito. E embora não pensemos nisso, existe também a morte espiritual. É dessa morte que Jesus quer nos salvar.

Começamos a entender que salvação é essa, quando não encaramos mais Jesus como um pobre coitado que nós crucificamos, mas como Deus na forma de homem, que veio passar pelo que passou porque ele quis nos salvar. Ele quis. Jesus poderia não ter vindo. Poderia não ter morrido. Ele não morreu na cruz porque os judeus o condenaram, ou porque Herodes quis, mas porque queria.

Ele sempre soube o que lhe aconteceria. Quando Ele deixou a glória que tinha junto a Deus Pai e se dispôs a vir ao mundo, ele sabia exatamente o que lhe aconteceria, e aceitou a missão. Ele se fez homem, e habitou entre nós. Em nenhuma oportunidade fez uso de seu imenso poder em seu próprio favor, sempre o fez para mostrar ao incrédulo homem quem Ele era e o que deveria ser feito para que tivéssemos vida.

Estamos acostumados a dizer: "A vida é minha. Quem manda em mim sou eu."

Na verdade, quem manda em você é você mesmo. Mas a sua vida não lhe pertence. O dom da vida pertence a Deus. É só ele quem pode dar vida a uma célula para que ela se multiplique, ou à menor partícula existente no Universo, da qual o homem sequer tenha conhecimento. Ele também pode tirar a sua vida quando quiser. Você não tem poder sobre a sua própria vida. Que coisa chata, não é? Como já dissemos, talvez seja mais fácil ignorar a existência de Deus do que admitir uma verdade tão dura para nós.

Quando nascemos, temos uma constante comunhão com Deus. Não conhecemos ainda os caminhos do mundo, as maldades das quais somos capazes, os sentimentos perversos que podemos sentir pelo próximo, enfim, ainda não conhecemos que é o ser humano. Ainda não fazemos escolhas. Não escolhemos o que vamos comer, o que vamos vestir, a que horas será a mamadeira e o banho.

Ainda não tomamos decisões. À medida em que vamos crescendo, vamos conhecendo o mundo, vamos aprendendo a mentir, a fingir, e na necessidade de tomarmos decisões, mesmo as mais simples, já podemos escolher. Escolher passa a ser o que fazemos para o resto das nossas vidas. Todos os dias escolhemos como vamos proceder, que caráter (ou falta dele) teremos diante das mais diversas situações e, sem que percebamos, nos distanciamos muito de Deus, porque acabamos por acreditar que não precisamos dele, que somos auto suficientes, que temos muitas coisas para resolver e não temos tempo para ele.

Admitir que estamos longe de Deus é difícil. Daí vem aquela idéia que Deus é uma força, ou mesmo a própria natureza, porque assim temos a desculpa de que ele está sempre perto, que nunca nos distanciamos dele.

Mas se já chegamos à conclusão de que Deus é um ser, que nos criou e quer nos dar salvação, e para isso até já se fez na forma da criatura para vencer a morte, temos que concluir que para estar perto dele não basta existirmos, como acontece com a natureza ou qualquer força natural. Na verdade, Deus está mesmo sempre muito perto de nós. Nós é que não estamos perto dele. Estamos sempre voltados aos nossos compromissos, aos nossos problemas, ou mesmo ao nosso descanso, ao nosso lazer, à nossa vaidade, e o que no máximo fazemos é dar um "pulinho" a alguma igreja para "cumprir a nossa obrigação", às vezes, nem isso.

Será que é isso que Deus quer? Ou será que ele nos deseja ver enclausurados em igrejas e retiros, murmurando, gemendo e chorando porque Jesus morreu?

Não! Por um simples motivo: Jesus não está morto. Ele vive e é o único caminho para se chegar a Deus.

O que Deus quer é que voltemos a ser como quando dependíamos dele para tudo. Quando não nos achávamos capazes de resolver todos os nossos problemas sozinhos.

Que tal experimentar falar com Deus? Ouvir Dele a resposta para as suas perguntas?

Uma grande parte de todas as perguntas que dizem respeito à vida, têm resposta nas páginas da Bíblia.

Experimente. Tente começar pelo Novo Testamento. Tente por de lado tudo o que você já aprendeu sobre Deus, Jesus, Bíblia, e etc. Leia com o coração aberto e ouça o que Deus tem para te falar. Tente descobrir, através da sua leitura, qual é o caminho para se falar com Deus. Está tudo lá.

TESTEMUNHO DO CIENTISTA E EX-ATEU FRANCIS COLLINS: TORNEI-ME SEGUIDOR DE JESUS

Eu sou um cientista e crente, e não vejo qualquer conflito quanto a isso.Como diretor do Projeto do Genoma Humano, conduzi um consórcio de cientistas para ler as 3,1 bilhões de letras do genoma humano, o nosso próprio livro de instruções de ADN. Como crente, eu vejo o ADN, a informação molecular de todas as coisas vivas, como linguagem de Deus, e a elegância e complexidade dos nossos próprios corpos e o resto da natureza como reflexo do plano de Deus.

Eu não abracei sempre estas perspectivas. Quando me formei em Físico-Química nos anos 70, eu era ateu, não encontrando qualquer razão que postulasse a existência de quaisquer verdades fora da matemática, física e química. Mas depois fui para uma escola médica, e deparei-me com as questões da vida e da morte nos leitos dos meus pacientes. Desafiado por um desses pacientes, que me perguntou, “O que crê, doutor?”, comecei a procurar respostas.

Tive de admitir que a ciência que eu amava era impotente para responder a questões como, “Qual o significado da vida?” “Porque estou aqui?” “Porque é que a matemática funciona, de qualquer modo?” “Se o universo teve um começo, quem é que o criou?” “Porque é que as constantes físicas no universo estão tão rigorosamente sintonizadas para permitir a possibilidade de formas de vida complexas?” “Porque é que os humanos têm um sentido moral?” “O que é que acontece depois de morrermos?”

Sempre assumi que a fé estava baseada em argumentos puramente emocionais e irracionais, e fiquei atônito ao descobrir, inicialmente nos escritos do acadêmico de Oxford, C. S. Lewis e subsequentemente em muitas outras fontes, que uma pessoa podia edificar uma defesa muito forte para a plausibilidade da existência de Deus em bases puramente racionais. A minha antiga asserção ateia de que “Eu sei que Deus não existe” emergia sem a mínima defesa. Como o escritor Britânico, G. K. Chesterton, ilustremente assinalou, “O Ateísmo é o mais ousado de todos os dogmas, pois é a afirmação de uma negação universal.”

Porém a razão apenas, não pode provar a existência de Deus. A fé é razão mais revelação, e a parte da revelação requer que uma pessoa pense com o espírito como igualmente com a mente. Tu tens de ouvir a música, não apenas ler as notas na pauta. Por fim, é requerido um salto de fé.

Para mim esse salto aconteceu nos meus 27 anos de idade, depois de uma busca de aprendizagem sobre o carácter de Deus me ter conduzido à Pessoa de Jesus Cristo. Eis uma Pessoa com assinalável forte evidência histórica da Sua vida, que fez declarações impressionantes sobre o amar o próximo, e cujos clamores sobre ser o Filho de Deus pareceram exigir uma decisão sobre se Ele estaria iludido ou certo. Depois de resistir por quase dois anos, descobri que era impossível continuar a viver num tal estado de incerteza, e tornei-me seguidor de Jesus.

Descobri que há uma harmonia maravilhosa nas verdades complementares da ciência e da fé. O Deus da Bíblia também é o Deus do genoma. Deus pode ser encontrado tanto na igreja como no laboratório. Ao investigar-se a criação majestosa e tremenda de Deus, a ciência pode de facto ser um meio de adoração.

Nota: Collins escreveu o livro “A Linguagem de Deus” (editado em Portugal pela Presença). O título do livro "A Linguagem de Deus", surgiu de uma declaração do presidente americano Bill Clinton ao anunciar a finalização da 1ª fase do Projecto Genoma em 2000: "Hoje estamos a aprender a linguagem com que Deus criou a vida." Também ficou célebre esta sua frase: “Eu acredito que o ateísmo é a mais irracional das escolhas.” (Revista Veja, Edição 1992 - 24 de Janeiro de 2007)".